quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

São Paulo: educação nota -1

Amigos e amigas, num ato de justificada indignação o amigo Paulo Ghiraldelli me informou que as aulas de Filosofia e de Sociologia foram retiradas do currículo das escolas públicas do estado de São Paulo!
Quanto retrocesso, justo com a dita maior cidade, megalópole nacional! Estive por lá a algumas semanas atrás e realmente a cidade inspira modernidade, progressismo e cultura. Contudo, as canetadas irracionais de nossos governantes continuam a fazer de nós cidadãos suas eternas vítimas. Num ato injustificável, de "economia" burra, milhares de profissionais perderam seus empregos e as crianças e adolescentes perderam duas disciplinas ricas, valiosas, para a formação da cidadania e da consciência.
Os estudantes do estado de São Paulo este ano estão ainda mais pobres, intelectualmente. E o que mais assusta é que esta decisão vai na contra-mão da lei federal que estabelece as aulas de Filosofia e Sociologia - aqui mesmo em Belo Horizonte nossos alunos do ensino médio já estão tendo aulas de Filosofia e Sociologia (eu mesmo, como historiador, deverei ministrar aulas de Sociologia para os alunos do segundo ano do ensino médio de minha escola agora em 2008).
Minha surpresa se torna ainda maior quando o governo do estado é ocupado por José Serra/PSDB-SP, e de como ele permite um ato destes de seu secretariado e burrocratas da educação!
Espero que os ventos de irracionalidade que passaram sobre o estado de São Paulo não cheguem a outros estados, sorte nossa, mineiros, que nossas montanhas são tão altas que qualquer nuvem destas não nos atingirá. Lamento pelos colegas paulistas, e mais, pelos nossos jovens.
Nota 0 para a educação brasileira, nota -1 para a educação em São Paulo.
Pela volta da Sociologia e da Filosofia!
Contem com meu apoio...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O Brasil nasceu com Vargas e não com Dom João VI



Amigos e amigas, não poderia, como historiador, me furtar a falar sobre os 200 anos da chegada da corte portuguesa ao Brasil.
O que isto significou para o nosso país?
O Brasil, como nação, como instituição, teria nascido com a chegada da família real portuguesa em 1808?
Creio que a resposta para a pergunta colocada acima é ao mesmo tempo "sim" e "talvez"...
A resposta será positiva se pensarmos no que era a colônia brasileira antes da chegada da família real portuguesa - éramos meros produtores de riquezas para a nossa metrópole européia, não tinhamos autonomia alguma (proibição de comércio com outras nações, estabelecido pelo 'pacto' colonial). Com a chegada de Dom João VI, um monarca que se não fora brilhante não fora também a personagem cômica que muito da nossa arte (o cinema e a televisão) vem apresentando, a colônia abre as suas "portas" comerciais para as ditas nações "amigas" (leia-se a coroa inglesa, que pagava menos impostos que as outras nações no comércio com a colônia brasileira) e uma série de melhorias estruturais como a construção do Banco do Brasil, a urbanização da cidade do Rio de Janeiro, o que já significara um avanço considerável se comparado aos tempos anteriores.
Mesmo assim, Dom João VI não modificara a lógica colonialista, ou seja, a nação brasileira ainda a se formar não detinha autonomia política, econômica, mantendo-se como mais uma das muitas colônias com a utilização da mão-de-obra escrava e africana, essencialmente monocultura, mantendo-nos numa condição nada-revolucionária. Em suma, com a chegada de Dom João VI a colônia brasileira ganha novos contornos, mas não promove intensas transformações conjunturais. E nisto reside a minha segunda resposta para a mesma pergunta feita no primeiro parágrafo - o "talvez"...
Alguns historiadores, como eu, já enxergam na Revolução de 1930 como um marco novo e verdadeiramente revolucionário na história brasileira. Aqui, a meu ver, nasce o país Brasil.
Getúlio Vargas e não Dom João VI, muito menos Dom Pedro I ou mesmo o Imperador Pedro II, seria o "pai da pátria", "pai dos pobres" sem esquecermos do óbvio enquanto "mãe dos ricos".
Vargas é o governante, já no período independente e republicano, que irá realmente transformar o Brasil numa unidade política, econômica e social. E para tanto se utilizará de dois instrumentos inseparáveis: populismo e estatismo. É com Vargas, seus comícios no estádio de São Januário no Rio de Janeiro (sob a música de Villa-Lobos), que começamos a construir um certo modelo de patriotismo, de nacionalidade (hoje renegada a poucos momentos como as eleições democráticas e a Copa do Mundo de futebol).
Em seus governos, mesmo que escancaradamente despótico a partir de 1937 com o estabelecimento do Estado Novo, criou-se a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a hoje tão comemorada Petrobrás, a Eletrobrás, as leis trabalhistas (CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas) e a carteira de trabalho com alguns benefícios como o direito do trabalhador as férias remuneradas. Ou seja, quando Vargas em 1930 aliou-se aos velhos líderes do tenentismo (com excessão de Luiz Carlos Prestes) e retirou o poder dos velhos políticos da chamada "República Velha" (alinhavados entre oligarcas mineiros e paulistas) o estadista deu o primeiro e revolucionário passo que Dom João VI ou Dom Pedro II não ousaram dar: transformar um país eminentemente rural em direção ao urbanismo, ao século XX e a modernidade.








sábado, 26 de janeiro de 2008

SÓCRATES

Amigos e amigas nas últimas semanas venho, através da tv filosofia, participado de uma interessante discussão sobre a passagem do dito "eu socrático" para o "eu moderno".
Como o próprio nome indica o "eu" socrático remete-nos ao filósofo ateniense Sócrates, que vivera no século V a.C., sendo a mudança para o dito "eu" moderno a partir da escolástica medieval, iniciada no século XIII com Agostinho.

Este debate se faz necessário numa série de discussões a respeito da noção de subjetividade - já que a estrutura da subjetividade apresenta como elementos as noções do "eu", do sujeito e metafísica do sujeito (os dois últimos elementos pertencentes exclusivamente aos tempos modernos).


Não vou aqui reproduzir tudo o que fora abordado em nossas conversas pela TV filosofia, no programa "Filô das 11", mas aqui em meu blog quero contar-lhes um pouco da história deste grande filósofo: Sócrates.


Sócrates não era um filósofo, vivia com uma espécie de "aposentadoria" devido a sua participação como soldado e defensor da cidade de Atenas nas lutas contra os invasores do oriente próximo.

Um de seus grandes amigos, Querofonte, decidira consultar, não se sabe a devida razão, o famoso oráculo da cidade grega de Delfos, para fazer a pitonisa do lugar sagrado a seguinte pergunta: "Existe em Atenas homem mais sábio que Sócrates?".

A resposta do oráculo foi negativa, e logo Querofonte contava ao amigo o que tinha ocorrido na sua consulta em Delfos. Sócrates, meio em dúvida com aquela surpreendente resposta, decidira então comprovar a veracidade das palavras do "deus" consultado.

E assim partia o velho soldado Sócrates, junto aos seus cidadãos atenienses para descobrir afinal de contas se havia ou não um homem mais sábio que ele. Mas, como fazer isso? Daqui resulta o método socrático.

Sócrates saía por Atenas em busca dos ditos homens mais virtuosos da cidade e lhes indagava conceitualmente (não aceitando exemplos como resposta), por exemplo a um grande guerreiro o que viria a ser a coragem, a um eminente juíz o que seria a justiça e assim por diante. Logo Sócrates percebera o desconhecimento pleno destas pessoas, que pensavam saber, pensavam conhecer algo que na essência não conheciam, e assim Sócrates, sabedor de seu não-conhecimento seria sim, como disse o oráculo, o homem mais sábio de Atenas.

O verdadeiro conhecimento, no sentido socrático, é ter a consciência de que não sabemos a essência das coisas. Mas por qual razão desconhecemos a essência das coisas? Vivemos num mundo de erros, de aparências e de coisas mutáveis e irregulares.

E onde estariam o bem, a verdade, o real? Além das nossas percepções, além do nosso corpo, do mundo sensível.

Por isso a filosofia socrática é uma filosofia de morte, pois o corpo é visto como uma prisão para a alma, um impedimento para que façamos uma ponte entre a nossa alma, a nossa essência, e as coisas puras e verdadeiras. Era necessário libertar a razão do corpo, e como fazer isto sem necessariamente morrer (onde as essências se entrelaçariam, numa perfeição de formas)?

Bastava filosofar, fazer uso da razão, libertando-a de toda a aparência, de toda irregularidade do mundo sensível. A partir destas idéias seu discípulo, Platão, irá levar adiante os ensinamentos e preceitos do mestre, complementando-o, dando-lhe outros contornos como por exemplo com a escrita da chamada "Alegoria da Caverna" localizada em sua obra "A República".




Filô das 11, não percam!

Todas as noites, as 23:00, participe do "Filô das 11" produzido pelo CEFA e pelo amigo filósofo Paulo Ghiraldelli Jr.
Acesse o link ao lado da TV Filosofia e entre na verdadeira ágora brasileira.
Após o programa realizamos um grande debate sobre a temática apresentada no vídeo, portanto desligue a tv que aliena e ligue na tv que filosofa...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

SÃO PAULO - cultura e vida numa megalópole/PARTE 1

Amigos e amigas, retorno ao meu blog após passar 10 dias muito prazerosos na minha querida cidade natal: São Paulo.
Em São Paulo percorri, via metrô e linhas de ônibus, o Arquivo Público do Estado de São Paulo (próximo a estação Tietê do metrô ou mesmo da estação rodoviária do Tietê), o centro econômico e financeiro de nosso país a Avenida Paulista, acompanhei de perto a reinauguração do Museu de Arte de São Paulo MASP, e por fim o Museu Paulista ou mais conhecido como Museu da Independência/Museu do Ipiranga.

O ARQUIVO PÚBLICO DE SÃO PAULO
O Arquivo Público de São Paulo possui um rico acervo de documentos históricos, desde os relacionados a fundação da cidade de São Paulo com o colégio jesuíta de Padre Anchieta em 1554, passando por vários períodos da história nacional e tendo como destaque o acervo documental do DEOPS-SP (Departamento de Ordem Social e Política)/um dos braços repressores da Ditadura Militar brasileira (1964-1985).
Foi sobre o acervo do DEOPS-SP que dediquei a tarde do dia 11 de janeiro deste ano, e nele pudera encontrar as fichas dos procurados pela repressão institucional, prontuários, notícias de jornais da época, ocorrências, documentos judiciais. E lá estavam fichados personagens históricos como o ex-governador de São Paulo Mário Covas, os ex-Presidentes Jânio Quadros e JK, o "cavaleiro da esperança" Luiz Carlos Prestes, o ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, militantes de esquerda como o capitão do exército Carlos Lamarca e Carlos Marighella.
O arquivo do DEOPS ainda possui acervo diverso em microfilme, e uma parte dedicada a documentação iconográfica (há uma extensa coleção de charges e fotografias que são imperdíveis). O acervo só não é aberto para a livre consulta aos sábados e domingos, e as luvas para manuseio dos documentos são fornecidas pelo próprio Arquivo Público-SP.
Dentro do Arquivo Público-SP ainda estavam expostos mapas, documentos, fotografias, organizadas em exposições periódicas. O prédio possui dois andares, sendo necessário realizar registro de entrada na portaria (apresentação de documentos e leitura de retina). Não é permitido entrar com mochilas, pastas, uso de canetas, sendo permitido o uso de caderno, lápis e borracha, e máquina fotográfica digital (para fotografar os documentos, porém sem uso de flash-que danifica a documentação).

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

DIALÉTICA EM PLATÃO, HEGEL E MARX

FIM DA CPMF

Boa notícia para todos neste início de 2008, o fim da contribuição "provisória" sobre movimentações financeiras, CPMF.

CPMF que fora criada ainda no governo Fernando Henrique Cardoso sob tutela do ex-ministro da Saúde, o médico-cirurgião Adib Jatene, que condicionava e justificava a criação deste imposto sobre o custeio e investimentos de nosso Sistema Único de Saúde (SUS).

Qualquer brasileiro sabe, infelizmente, que o SUS naquele momento estava vivendo uma intensa crise, e que depois, mesmo com a criação e vinculação da CPMF, o SUS muito pouco ou mesmo nada avançou - até hoje muitos brasileiros ainda morrem nos corredores dos hospitais ou mesmo na espera por atendimento.

Assim, nos últimos anos, a essência do imposto que era a manutenção e qualidade do SUS foi se esvaindo, se perdendo, e o dinheiro arrecadado pelo Estado ia, pouco a pouco, escoando para outros setores da administração e manutenção públicas (como o bolsa família).

Para desespero do governo atual, os 40 bilhões antes creditados para a gastança institucional (a companheirada, o peleguismo, o fisiologismo, as políticas populistas) agora encontraram o seu derradeiro final - sob as mãos sólidas da base oposicionista de nosso Senado Federal (buscando se reerguer após os tristes e malogros dias em que perdurara o Renangate).

Parabéns aos senadores da oposição, especialmente ao senador do estado do Amazonas: Arthur Virgílio (PSDB), que enfrentara com coragem os anseios nada partidários dos governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e de São Paulo José Serra.

Vai tarde CPMF....


CHÁVEZ E AS FARC - O FRACASSO DO RESGATE.

O coronel venezuelano Hugo Chávez tentou, mas não conseguiu, para bem da América Latina, tornar-se o herói bolivariano do século XXI: tencionando negociar e salvar, diretamente, os reféns mantidos prisioneiros das Forças Revolucionárias da Colômbia/FARC.

Chávez agora, derrotado, tenta jogar a culpa pelo fracasso das missões "internacionais" em território colombiano sobre o Presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, desafeto declarado do chavismo e homem próximo do senhor do planeta Terra, Bush Jr.

Quem conhece as FARC, sua história de sangue e terror guerrilheiros, intolerância, apoio ao narcotráfico e seus cartéis (trocando drogas por armas), sequestros, sabe muito bem que com esta "gente" não há diálogo possível.

Anacrônicos, de guerrilheiros socialistas tornaram-se apenas guerrilheiros e hoje não passam de marginais, de uma manifestação "politicada" do já reinante crime organizado.

Creio que os reféns já estejam mortos, sinceramente. Chávez tentou se aproveitar da situação, usando o discurso esquerdista, que pode enganar o pobre e iludido povo venezuelano, ou mesmo os amigos bolivianos e equatorianos, mas na Colômbia não, não "colou" mesmo entre os homens das FARC - tão ou mais brutais e selvagens quanto Hugo Chávez.


MOMENTO FILOSÓFICO - por Prof. Tiago Menta

TEMA - A DIALÉTICA.


Termo usado com regularidade, muitos não sabem ao certo o que vem a ser a "Dialética".

Alguns confundem a dialética como uma espécie de co-relação, de diálogo entre dois termos ou até mesmo entre indivíduos.

Para iniciarmos nossa análise sobre a dialética vale apontarmos as seguintes conceituações: a platônica; a hegeliana; a marxiana.

Para Platão há um exercício muito importante, o exercício dialético que nos possibilita entrarmos em contato com o verdadeiro real, o dito mundo das formas ou mundo das idéias inatas. Bastava ao indivíduo filosofar, seguindo as premissas do mestre Sócrates onde através do diálogo constante entre o ser e a razão acabaria de alguma forma "elevando" o indivíduo a uma condição especial de consciência, de proximidade com o mundo ideal/metafísico.

Assim, segundo as visões socrático-platônica a dialética é um exercício interior e racional do indivíduo, dentro de si mesmo, em busca da plena consciência e do contato com a "Verdade", o "Ideal".

Hegel, filósofo alemão do século XVIII, transcendeu a lógica dialética, até pela forte tradição metafísica alemã (tendo em Kant o seu maior representante).

Para Hegel a dialética está relacionada com a própria realidade das coisas, com sua totalidade. Daí sua co-relação com a História, que nada mais seria senão o movimento da totalidade que Hegel chamava de "Espírito". E a ação do "Espírito", o seu movimento, em direção a si mesmo, numa auto-consciência cósmica, se daria em termos dialéticos (tese+antítese=síntese/nova tese+nova antítese=nova síntese e assim sucessivamente).

Mas o que poderíamos traduzir como tese? E antítese ou mesmo a síntese?

A Tese é como uma proporção ou mesmo um termo inicial, este produz e sempre produzirá, a partir de seu interior, alguma contradição, uma força que indica a construção de uma outra tese, pois da relação de um termo inicial com a sua contradição logo teremos um novo termo originário, aqui a síntese que carregaria dentro de si elementos dos seus dois termos fundantes.

Exemplo: A (tese)

Dentro de A forma-se uma contradição/A- (antítese)

Da relação de A (tese) com sua contradição A- (antítese) formaríamos um novo termo = AA- (carregando elementos de A e de A-)

Karl Marx, filósofo alemão do século XIX, um hegeliano por formação, utilizou-se da dialética hegeliana, ou do movimento dialético hegeliano como ferramenta necessária para a compreensão da história - que parecia seguir uma certa lógica verdadeiramente dialética.

Politicamente Marx era um homem de orientações socialistas, mas entendia que o socialismo necessitava de uma base teórica mais sólida e menos idealista. Esta solidez Marx encontrava em seu mestre Hegel!

Apropriando-se de Hegel, Marx transpõe o movimento dialético do "Espírito" para o Movimento Histórico, que sob bases econômicas se conjugará no chamado Materialismo Dialético.

Assim, Marx aplica a proposição (tese/antítese/síntese) nos fenômenos econômicos humanos, invertendo a lógica hegeliana (idealista para uma lógica materialista - trocando o pensamento, a entidade metafísica, para a ação econômica, o trabalho, as necessidades ou mesmo a sobrevivência).

Marx entende que as sociedades percorreriam, historicamente e dialeticamente, o seguintes movimentos:

1) COMUNISMO PRIMITIVO

2) MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO

3) ESCRAVISMO

4) FEUDALISMO

5) PRÉ-CAPITALISMO/ACUMULAÇÃO PRIMITIVA

6) CAPITALISMO

7) SOCIALISMO/DITADURA DO PROLETARIADO

8) COMUNISMO

E assim, Marx anunciava em seu corpo teórico a derrocada do Capitalismo vivente, e que este caminharia dialeticamente, sob a ação do proletariado (classe trabalhadora, que detinha apenas a sua força de trabalho e não os meios de produção) - este tornado antítese do Mundo Capitalista - rumo a uma sociedade sem classes sociais, após a concentração dos meios de produção nas mãos do grande Estado/Ditadura do Proletariado que em sequencia redistribuiria toda a riqueza aos indivíduos de maneira equânime, extinguindo o próprio Estado e formando uma nova sociedade comunal.