segunda-feira, 5 de maio de 2008

Resumo da pesquisa do prof. Leandro Azevedo; Agradecimento!

CONTRIBUIÇÃO DOS AMIGOS E AMIGAS
O colega professor Leandro Azevedo me envia seu projeto de pesquisa a ser em breve transformado em artigo científico.
Leandro trabalha com a Educação nacional, sob a perspectiva dos programas sociais/de transferência de renda (como o Bolsa Família) e quais seriam os impactos dos mesmos programas para a formação da cidadania em nossa Belo Horizonte, a partir de uma experiência com a rede municipal de ensino entre os anos de 1996-2006.
Segue abaixo o resumo deste projeto, elaborado pelo colega Leandro:

"O tema proposto neste projeto de pesquisa são as Políticas Públicas e a Construção da Cidadania, através do Programa Bolsa-Escola Municipal da Prefeitura de Belo Horizonte (BEM/BH), na Escola Municipal de Belo Horizonte, no período de 1996 a 2006.
Neste trabalho, serão destacados os programas – Bolsa Escola Municipal da Prefeitura de Belo Horizonte (BEM/BH), instituído pela lei nº. 7135 / 1996, de autoria do prefeito Patrus Ananias, e regulamentado pelo decreto nº. 9140/1997, no governo do prefeito Fernando Pimentel, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), e o Programa Bolsa Família (PBF) instituído pela Medida Provisória n0 132 de 20 de outubro de 2003, em função da interligação entre ambos.
O desenvolvimento do trabalho será realizado em várias etapas; primeiramente, análise dos documentos oficiais do Município, tais como DOM, Relatório Programa Bolsa-Escola Municipal da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED, 2004), depois, um estudo de caso, partindo-se da seleção de uma família, (sujeitos informantes) com base nos seguintes critérios: os filhos na faixa etária de 06 a 15 anos, estudantes do Colégio Municipal de Belo Horizonte, moradores da pedreira Prado Lopes, beneficiados pelo Programa BEM/BH, desde 1997 até os dias atuais.
O objetivo primordial do projeto é analisar as Políticas Públicas a partir do Programa Bolsa Escola Municipal da Prefeitura de Belo Horizonte, para verificar até que ponto o Programa ajuda ou não na construção da cidadania.
A partir dessa premissa busca-se, portanto, responder ás seguintes perguntas: Qual a contribuição da Política de Transferência de Renda Mínima vinculada à Educação, no período de 1996 a 2006, a partir do Programa Bolsa-Escola Municipal da Prefeitura de Belo Horizonte, na Regional Noroeste, na construção da cidadania emancipatória de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, na faixa etária de 06 a 15 anos, na Escola Municipal de Belo Horizonte? O BEM/BH foi uma política outorgada pelo Estado ou historicamente conquistada pelos movimentos sociais? Se foi conquistada, à o reconhecimento dessa conquista por parte das famílias beneficiadas?"
Estamos todos esperando a produção do artigo!
UM EMPREENDIMENTO QUE JÁ NASCEU VENCEDOR!
Quero aqui agradecer aos colegas, amigos, ou mesmo estudantes e todos aqueles que nos últimos dias vem me parabenizando pela iniciativa de colocar no ar, via internet, uma série de vídeo/aulas de História - iniciada pela série "Cultura Medieval", que hoje, dia 5 de maio, já reúne 6 vídeos.
A intenção dos vídeos é a promoção e difusão do conhecimento histórico pela via mais democrática que hoje desfrutamos no mundo pós-moderno: a internet! Claro, não quero aqui substituir uma boa sala de aula, ou mesmo horas de boa leitura, mas tenho como objetivo contribuir para que jovens, especialmente os jovens, tomem contato mais direto, mais ágil, sem perder conteúdo, com o conhecimento histórico.
Espero as sugestões, dicas, contribuições de todos para que tornemos esta iniciativa a válvula de escape para milhares de iniciativas similares entre todos os profissionais da educação (como já faz o amigo Ghiraldelli com a Filosofia e seu sempre aberto Filo das 11).
Abraços a todos!
prof. Tiago Menta

domingo, 4 de maio de 2008

A CULTURA MEDIEVAL E OS DIAS DE HOJE - SEMELHANÇAS

A CULTURA MEDIEVAL E OS DIAS DE HOJE
Muitos se perguntariam hoje em dia "qual a relevância de se estudar a cultura medieval em pleno século XXI?", a resposta é simples e pode surpreender: ainda persistem elementos da cultura medieval em nossa sociedade pós-moderna!
Com o Iluminismo do século 18 tudo o que se refere/remete a Idade Média ou mesmo ao termo adjetivado "medieval" acabara se tornando sinônimo de atraso, de obscurantismo - o que em muitos sentidos é um erro. A mesma cultura medieval que produziu a Inquisição/o Tribunal do Santo Ofício, as torturas horrendas, a perseguição a mulheres tidas como bruxas ou mesmo amantes do demônio e também a hereges que supostamente contrariavam os dogmas romanos, é o mesmo período que produzira as ordens monásticas, a cavalaria, o canto gregoriano, a arte gótica, etc., ou seja, há neste longo período histórico uma infinidade de "prós e contras".
Voltando ao argumento inicial, hoje encontramos, nos idos do ano de 2008, elementos medievos em nosso mundo dito pós-moderno. Vamos ao primeiro elemento: o encastelamento da sociedade!
Como se sabe a sociedade feudal, especialmente entre os primeiros séculos da Idade Média (V-IX), acabara por encastelar-se numa série de feudos, de porções de terras quase autônomas/autosustentáveis em decorrência da insegura vida que se vivia naqueles tempos, afinal as invasões de povo germãnicos ainda ocorriam com alguma frequência e permanecer no feudo, cercado por suas longas muralhas e guardadas por milícias pessoais de nobres representava de certa maneira uma vida mais segura.
E hoje, o que estamos assistindo?
Quase a mesma coisa, com as devidas diferenças temporais e tecnológicas, contudo há uma nascente lógica em nossa sociedade: o encastelamento da parte privilegiada de nossa população. Inicialmente com a construção dos chamados "condomínios fechados" (lembrando que os feudos também eram conhecidos por domínios) e agora mais além: verdadeiras mega-construções, mini-cidades, dentro de uma cidade, isolando quase que completamente as pessoas do nosso mundo real e portanto inseguro.
Nestas novas construções, algumas já em funcionamento na cidade de São Paulo, os moradores não necessitam sair de casa mais para ir ao shopping, ao cinema, trabalhar, fazer compras nos supermercados, fazer ginástica, pois tudo isso e tudo o que supostamente encontramos em nossas áreas urbanas já estão a disposição do morador destas "mini-cidades", que são autosuficientes, como verdadeiros domínios feudais, e não se enganem, possuem a melhor tecnologia em termos de segurança e muitos homens treinados para dar segurança a nossa nobreza tupiniquim.
E não se enganem acreditando que na Idade Média, em tempos obscuros, os homens viviam em barbárie, cometendo as mais terríveis atrocidades entre si - oras, vejam os noticiários mais recentes: menina de 5 anos atirada janela afora após constantes espancamentos(Isabella Nardoni)/mulher encontrada desmembrada (com o tronco queimado dentro de pneus) em favela do Rio de Janeiro/criança de 12 anos mantida em apartamento sob torturas constantes e cruéis (em Goiânia)/pai mantém em relações incestuosas (gerando 7 filhos) e cárcere privado sua própria filha num bunker dentro de casa por mais de 20 anos - pois é, percebam que nossa sede de sangue, terror, e sadismo nada tem de exclusivo com os tempos medievais.
Para encerrarmos de vez os tempos medievos na contemporaneidade só faltaria a Igreja se sobrepor aos homens leigos e governantes, impondo as suas certezas nada flexíveis e sempre ortodoxas - vide o atual papa Bento 16 e sua política de cerceamento das liberdades humanas, a luta travada em nosso país para a liberação de pesquisas com células-tronco embrionárias (os clérigos preferem ver material orgânico no lixo do que salvando vidas ou mesmo dando qualidade de vida para milhares de pessoas) ainda paradas no STF, o crescimento absurdo do puro evangelismo barato e sensacional (entre católicos e protestantes).
E falando em pesquisa em células-troncos embrionárias para quem não sabe durante a Idade Média era pecado mortal, crime, o uso de cadáveres para estudos anatômicos (diziam que se estaria molestando algo sagrado, no caso o corpo) - e agora questiono-me: o que seria de nossa medicina moderna sem estudos com corpos humanos? Pois é, estaríamos morrendo com 30 anos de idade, se dependessemos da opinião da Igreja, de qualquer igreja, para sobrevivermos, já que ela não permite, sob hipótese alguma, a manutenção da vida através da ciência e da tecnologia, segundo suas lógica milenar o jeito mesmo é esperar Deus nos iluminar, nos curar, após horas e horas de orações e jejuns. Impressionante não é mesmo!




sexta-feira, 2 de maio de 2008

Professor Tiago - vídeos/aulas

NOVIDADE!
ESTOU DISPONIBILIZANDO NA REDE VÍDEOS/AULAS DE HISTÓRIA, ELABORADAS POR MIM, PEGANDO UM POUCO DA INSPIRAÇÃO DO AMIGO PAULO GHIRALDELLI E SEUS VÍDEOS DE FILOSOFIA PRODUZIDOS NO CEFA.
FAÇO-OS EM MEU ESCRITÓRIO, AQUI EM BELO HORIZONTE MESMO.
A PRIMEIRA UNIDADE É "CULTURA MEDIEVAL", NÃO PERCA, VÁ AO YOUTUBE E ASSISTA O PRIMEIRO VÍDEO SOBRE "CULTURA MEDIEVAL" - JÁ NO AR!!

ABRAÇOS A TODOS.