terça-feira, 11 de março de 2008

Barrados na Espanha; Créu nas Brasileiras; A Queda do Império Romano

É ESPANHOL? PAGUE 70 EUROS TAMBÉM....
A imagem do Brasil e dos brasileiros no exterior permanece arranhada, e não há como duvidar disto com o recente caso dos brasileiros detidos no aeroporto espanhol, tratados como "lixo ou escória", sem alimentação, sem amparo algum, com determinações esdrúxulas como a dos 70 euros/dia exigidos como critério para permanência no país europeu.
E agora surgem algumas "desculpas": de que as medidas espanholas servem para impedir a entrada de mais prostitutas brasileiras, cada dia mais circulantes pelas ruas da Espanha. Novo arranhão na imagem de nosso país: somos exportadores de mulheres!!
Contudo novas informações mostram que a ação espanhola, que semana passada penalizou e humilhou estudantes, trabalhadores brasileiros que estavam a caminho da Espanha ou mesmo de Portugal, é insuficiente para conter a entrada das prostitutas tupiniquins - agora construiu-se uma rota alternativa onde as garotas brasileiras voam para a França, e de lá são colocadas numa van, deixando-as horas depois em solo espanhol.
O que nós brasileiros devemos fazer diante deste quadro? Tratá-los da mesma maneira, com rigor. E nisto o governo está acertando, com a chamada ação de reciprocidade. De agora em diante todo espanhol deveria pisar em solo brasileiro com não menos que os mesmos 70 euros/diários, e já com estadia reservada e definida.
O problema de realizar uma política destas perante os espanhóis é a nossa já velha "síndrome de vira-latas", que anunciava Nelson Rodrigues, ou mesmo da nossa "cordialidade" como definia-nos o historiador Sérgio Buarque de Holanda. Creio que chegou a hora da maturidade ao lidar com estrangeiros, sem nos curvarmos a estes, afinal melhor perder dinheiro do que perder a dignidade.

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES: CRÉU NAS BRASILEIRAS!
Sobre o Dia Internacional das Mulheres não irei me furtar muito não, até porque as mulheres brasileiras, latino-americanas e além, as africanas, não tem muito ou quase nada a comemorar.
Fiquemos com nossas fêmeas, brasileiras. Continuam recebendo menos do que os homens, mesmo quando realizam o mesmo trabalho ou função. Se for negra então a discrepância é ainda mais acentuada. Mulheres que continuam sem a liberdade de serem "donas" dos próprios corpos, seja pela vulgaridade e machismos típicos ou mesmo da falta de liberdade de escolha quando da ainda proibição do aborto em nosso país.
Muitas mulheres hoje perderam a sua condição humana, pois além de seus corpos tornados coisas elas mesmas tornaram-se objetos, usados para os desejos alheios de quem os "consome". É isso que explica a chamada "dança do créu", aliás muitos irão apontar que isso "são traços da nossa latinidade, ávidos que somos por sexo ou mesmo somos um povo mais caliente...", bobagem, talvez não há lugar no mundo onde a mulher seja mais explorada enquanto objeto de consumo sexual que no Brasil e assim as nossas "eguinhas pocotós; cachorras; popozudas; lambadas; dança da garrafa; e agora o tal do créu".
Pois é, neste Dia Internacional das Mulheres as brasileiras deveriam "comemorar" ao som do "créu"...

DIA 14 É DIA DE PARALISAÇÃO NACIONAL
No próximo dia 14 de março você professor brasileiro está convocado a paralisar as suas atividades em pró de melhorias na educação e nas condições de trabalho e de vida do educador brasileiro.
Assim, na próxima sexta-feira, dia 14/03, PARALISE AS SUAS ATIVIDADES e entre nesta luta!

O PROFESSOR TIAGO EXPLICA....
"Professor, como acabou o Império Romano?"
O Império romano não acabou do dia para a noite, claro. Este sofrera uma intensa crise interna, sistemática mesmo, desde o século III, o que muitos historiadores apontam como "crises intestinais".
Tudo se inicia pelo próprio problema de se administrar um Império tão vasto, e Roma só não foi maior que o Império Macedônio construído por Alexandre Magno (o Grande). Para esta administração eram necessários muito dinheiro, muitos soldados, muita organização.
Roma então havia chegado aos seus limites territoriais, não havendo mais possibilidades de novas expansões (sendo o verdadeiro limite a muralha de Adriano construída na Britânia, hoje Grã-Bretanha).
Sem expandir mais os seus domínios os romanos tiveram acentuada queda no número de escravos trabalhando (afinal a guerra era o principal mecanismo de conquista de escravos para o trabalho, e como a história mostra os escravos, em qualquer época histórica, possuem baixa reprodutibilidade), o que diminuira também a produção de alimentos dentro do Império.
Com os alimentos em queda, seus preços foram para as alturas, e o comércio começou a sofrer com isso, logo também a arrecadação de impostos! Deflagrava-se a crise econômica!
A economia em crise logo atingira a sociedade romana, que passou a conviver com a fome e com o aumento da violência por toda parte do Império. Logo, era necessário chamar pelas legiões romanas para a defesa do Império, contudo o Estado romano já não mais reunia condições econômicas de manter o imenso contingente militar que sempre tivera, e assim abriram-se vagas nas fileiras do exército romano para os povos germânicos/bárbaros!
Os germânicos, completamente diversos dos romanos sob todos os aspectos, certamente não iriam e não se manteram fiéis aos romanos, e assim a situação de convulsão e anomia sociais não se resolvia - ficando o Império e o povo romano no mais absoluto caos social.
Não demorou e no ano 476 grupos de origem germânica entraram na cidade de Roma e tiraram o último imperador romano do poder, levando os cidadãos de Roma a um desespero tão grande que muitos fugiram para os campos da Europa - o que será o germe de uma nova sociedade européia: o Feudalismo.

Entendidos? Alguma dúvida sobre História? Mande um e-mail para tiagodecastromenta@yahoo.com.br ou coloque a sua questão aqui no Blog que eu irei lhe ajudar.










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