domingo, 8 de junho de 2008

A OBAMAMANIA

Aos amigos e amigas,
nos últimos tempos venho publicando pouco aqui no blog por dedicar-me a produção de vídeo-aulas no youtube (www.youtube.com/tiagomenta), que por sinal já reúne 4 séries de vídeos:
1- A Cultura Medieval (8 vídeos postados).
2- O Antigo Egito (5 vídeos postados).
3- O Islamismo (6 vídeos postados).
4- A Mesopotâmia ( 3 vídeos postados).

OBAMAMANIA
E Obama venceu as prévias democratas para a candidatura à presidência da maior potência econômica e militar da Terra!
Primeira etapa vencida, o caminho agora é da reconstrução da campanha. Afinal, após cinco meses de intenso embate com a família Clinton, o candidato da "change" precisa agora reunir forças e partir para um segundo e decisivo embate com o republicano John MCcain.
Todo este processo eleitoral, apesar do vexame na primeira eleição de Bush Jr (fraudes e mais fraudes que retiraram a vitória das mãos do democrata e eco-político Al Gore), retoma, definitivamente, os valores democráticos e liberais da sociedade norte-americana. Em resumo: um show de democracia.
Mas, qual a razão desta verdadeira "Obamamania"?
Creio que é o sentido histórico destas eleições, que tiveram como primeiro round a intensa disputa entre uma mulher e um negro pelo posto de sério candidato a comandante da Casa Branca. Segundo é o sentimento "pós-Bush", que denota na sociedade norte-americana, especialmente entre os mais jovens, um certo cansaço do mesmismo político representado por uma série de presidentes republicanos que governaram através e em meio de guerras (Ronald Reagan, George Bush e George Bush Jr). Terceiro, que é derivada da razão anterior, é a maçiça presença de eleitores nas prévias dos dois partidos em disputa, que mostra que a sociedade norte-americana está, neste processo, mais engajada e interessada em política. E por fim, com a vitória de Obama e sua postura política (anunciando-se como porta voz da mudança que a sociedade norte-americana, mais jovem, anseia) e ainda por cima mostrando-se um candidato negro e que consegue superar as raízes segregacionistas, belico-etnicas deste país que a poucas décadas não permitia, por exemplo, que negros e brancos frequentassem os mesmos lugares no transporte público.



BARACK OBAMA E JOHN KENNEDY - MESMO DESTINO?
Falando em história norte-americana vale lembrar que muitos de seus presidentes sofreram atentados contra suas vidas, sendo que dois de seus mais ilustres representantes realmente acabaram mortos: Abraham Lincoln e John Kennedy.
Lincoln, que libertou os negros da escravidão e muito desagradou os antigos escravocratas sulistas, acabara morto à tiros dentro de um teatro, e Kennedy que governava a nação no auge da Guerra Fria com a extinta URSS fora morto num desfile em carro aberto quando vários tiros foram-lhe desferidos a distância.
Ambos, Lincoln e Kennedy, foram presidentes que marcaram a história norte-americana cada um a seu modo, em contextos diversificados, porém foram comuns como anunciadores de uma nova ordem dentro dos Estados Unidos. E é isso mesmo que Barack Obama anseio ser, uma espécie de presidente dos "novos tempos", um líder que anuncia ao povo norte-americano a chegada de uma nova era onde problemas como a segregação racial serão coisas do passado.
O preço de ser este homem pode ser alto, e todo presidente norte-americano é forte candidato a alvo de tiros, bombas, complôs. Hoje o mundo não está menos belicoso que antes, estão aí norte-coreanos, iranianos, venezuelanos, chineses mostrando que ainda vivemos numa espécie de corda bamba geopolítica.
Obama, se vencedor como hoje parece quando confrontado com McCain, deve tomar muito cuidado e ter redobrada atenção na composição de um possível governo pois se ao mesmo tempo a vontade de mudar, de plantar a semente de uma nova era existe ao mesmo tempo coexistem as forças obscurantistas que, historicamente sitiadas no oeste ou no sul do país, e que nestes tempos nos "brindaram" com muito sangue e atraso, insistem em incomodar e lutarão até o fim para a manutenção da ordem existente hoje.
Sem o menor pudor desejo a Barack Obama toda a sorte e espero que governe com justiça e inteligência. Que ele seja a mola propulsora da mudança, não somente nos Estados Unidos, mas para todos nós americanos (como um dia pensamos que fosse Lula e ele já aponta, a bom tempo, que não o é).

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